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Sobre o Espírito Santo...

A espiritualidade só é plenamente cristã se for trinitária: Pai, Filho e Espírito Santo. A fé no Espírito Santo emergiu, vigorosa, na prática cristã dos primórdios da Igreja e se faz, até hoje, presença viva. Sem o Espírito toda a ação humana perde sentido. Ele está em nós, para que possamos ser o que somos chamados a ser (cf. Jo 14,17).
O Credo Niceno-Constantinopolitano proclama, no ano 381: “Cremos no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai, e que, com o Pai e o Filho, é adorado e glorificado, e que falou pelos profetas (...)” (DH150). É por ele que cremos em Deus-Pai e em Deus-Filho e que nos permite conhecer o Filho como a imagem visível do Deus invisível.
Ao Pai atribui-se a memória, ao Filho é atribuída a inteligência e ao Espírito Santo a vontade (Sto. Agostinho). Ao Espírito são atribuídas as obras nas quais predomina a bondade divina. É Ele, por exemplo, que torna fecunda a Mãe de Deus. O Espírito é em quem e por quem tudo existe, que renova a face da terra, dirige o curso do tempo e dá sentido ao mundo.
Ele é uma pessoa, mas não possui rosto humano. É quem nos faz apreciar, retamente, as coisas. É o núcleo da liberdade dos filhos de Deus. E a Igreja é o lugar privilegiado onde floresce o Espírito. “Onde está a Igreja, está o Espírito. Onde está o Espírito, aí está a Igreja” (Sto. Irineu, Adv. Haer. III, 24,1). Nesse sentido, diz Bento XVI: “O Espírito Santo transforma o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo; também transforma todos os que o recebem com fé em membros do Corpo de Cristo, para que a Igreja seja verdadeiramente um sacramento de unidade dos homens com Deus e entre eles” (Angelus, I em 26/06/11).
O Espírito Santo é fonte de toda a graça, tanto que há seus sete dons: sabedoria, inteligência, conselho, força, ciência, verdade e temor, fermentando a vida fecunda da comunidade dos crentes. Jamais se permitiu ícones do Espírito Santo nas igrejas orientais ou ocidentais. Só há maneiras indiretas de apresentá-lo, tais como: água, unção, fogo, línguas, sopro, vento, brisa, vida, nuvem, luz, imposição das mãos, pomba, coração, alma, dinamismo, graça, vivificador...
Vale frisar que o Espírito: não é magia nem energia cósmica. Não é um ectoplasma. Não é uma parte de Deus, pois ele é Deus.

(Com base em O Mensageiro de Sto. Antonio, set. 11)


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