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Amor e dedicação.
Essas talvez sejam as palavras que melhor representem a Legião de Maria.


Criada em 1921 por um irlandês e inspirada na organização do exército romano, a Legião de Maria chegou à Paróquia da Ressurreição em 1987.

Definida como uma associação de leigos que tem por fim a glória de Deus, a Legião trabalha pela salvação não só de seus membros, mas do próximo, tendo sempre como base o amor.

Esse amor se materializa em diversos serviços de apostolado. Na Ressurreição, por exemplo, a Legião visita enfermos no Hospital de Ipanema e pessoas solitárias nas residências. Também reza do Terço na paróquia, diariamente, às 17h30. Além disso, dá plantão no Cemitério S. João Batista: é o Ministério da Consolação e Esperança, no qual se faz a "encomendação" do corpo dos falecidos. "É um serviço que não é prazeroso, mas é gratificante", diz Cefisa Araújo, coordenadora da Legião de Maria na paróquia, que acrescenta que o trabalho não se restringe ao estipulado na agenda distribuída aos legionários: "se você vir um acidente na rua e puder ajudar, ajude; se seu vizinho está precisando, socorra".

Estes serviços são realizados por integrantes dos oito "praesidia" da paróquia. O termo que significa, em latim, "presídios", consiste em subgrupos de legionários, formados para facilitar os trabalhos. Os praesidia, batizado com nomes de N. Sra., se reúnem uma vez por semana, sem férias. Representantes destes oito grupos reúnem-se, uma vez por mês, na reunião da cúria, da qual participa, Pe. José Roberto, diretor espiritual da pastoral.

Nas reuniões, monta-se um altar com a imagem de Nossa Senhora das Graças e o Vexillum. Este, adaptado do exército romano, é uma espécie de bandeira da Legião e representa a conquista do mundo pelo Espírito Santo, atuando por Maria. Rezam-se, em seguida, o Terço e a Téssera, folheto que guia as orações da Legião em todo o mundo. Também se prestam contas dos serviços realizados na semana. "A reunião semanal é o coração donde jorra para as veias e artérias o sangue vivificante, fonte de luz e de energia", cita Cefisa que completa: "a gente pede a Deus para ser forte como Maria, na fé, na esperança, no amor".

Dentro dos praesidia, há quatro "oficiais": presidente; vice-presidente, que substitui a presidente; secretária, que faz a ata; e tesoureira, que faz a Coleta Secreta: "você dá o que pode; se não pode, coloca sua mão no saquinho, demonstrando que teve vontade de dar", explica Cefisa que lembra que o dinheiro vai para paróquias pobres. Nada fica para a Legião, tanto é que esta nunca dá ajuda material mas, apenas, espiritual.

Como participam das reuniões, essas legionárias são chamadas "ativas". Delas, algumas se comprometem, ainda, a ir à missa e comungar todos os dias, sendo chamadas "pretorianas". E há 156 "auxiliares", que apenas rezam o Terço e a Téssera, ajudando a sustentar a Legião com suas orações.

Cefisa, na Legião há 15 anos, convida a todos, independente de idade, a fazerem parte da associação: "a mulher é uma legionária nata. Ela cativa, tem aquele sorriso para quem sofre, aquele amor para dar. Toda mulher deveria fazer parte da Legião". Homens também são bem-vindos. O que importa é a vontade de trabalhar em função do próximo, ser simples, obediente e cheio de amor, como Maria.