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Em nossa paróquia temos mais de 80 coroinhas que colaboram nas celebrações e no que mais for necessário. Nesta seção você conhecerá, a cada mês, um desses coroinhas. A escolha do "coroinha do mês" é feita por um sorteio do qual constam os nomes de todos os coroinhas que participam há pelo menos um ano das atividades da paróquia. As entrevista são feitas por Antônio Borges.

Conheça agora MANUELA LIBANO

O interesse de Manuela pela religião começou bem cedo, dentro da própria família católica. Mas é claro que ela contou com dois exemplos bem especiais: o tio Paulo Antonio da Silva, que é padre numa Igreja da Tijuca; e a irmã Marina, de 18 anos, que desde os 11 também é coroinha na Ressurreição. Manuela chegou a frequentar a Igreja do tio – mas logo se “decepcionou”: não precisavam de coroinhas por lá… Seguindo então os passos da irmã, não foi difícil conquistar seu espaço na nossa paróquia.

Quem conta a história é D. Maria Felizarda, mãe de Manuela, paroquiana atuante, que costuma ajudar na procissão das ofertas da missa dominical das dez e meia. Sem tentar esconder a felicidade nem o carinho materno, Felizarda explica que os anos de reabilitação em escola especial foram muito importantes para a menina – mas faz questão de valorizar os progressos que ela tem feito, no convívio com as outras crianças do grupo de coroinhas.
Hoje, a pequena Manuela é coroinha em três missas dominicais (dez e meia, cinco horas e seis e meia), quando se encarrega principalmente de segurar a patena durante a Comunhão – tarefa que compartilha com os coleguinhas-mirins Lucas, Alexandre e Maria Clara, tão empenhados e sérios quanto ela. Mais do que uma terapia, diz a mãe emocionada, tudo isso tem sido para a família um verdadeiro milagre de Deus.

A pequena Manuela Libano, nove anos, não é de falar muito. Seu jeito calado e suas respostas breves (mas sinceras) nada têm a ver com timidez: são decorrência de dificuldades congênitas, que ela vem superando passo a passo. Nascida prematura, com menos de um quilo e meio, teve que ficar cerca de 40 dias na incubadora e bem pequena apresentou sinais de autismo e sintomas de DTA (sigla para o cada vez mais estudado “déficit de transtorno da atenção”). Felizmente, a família estava atenta e agiu rápido. Manuela teve os devidos cuidados e até o ano passado estudou numa escola especial (o Centro de Reabilitação N. S. da Glória), onde conseguiu grandes e inegáveis avanços. Atualmente, ela está na terceira série do Centro Educacional Berenice Barra, em Botafogo.


manuela manuela
   

Por que você resolveu ser coroinha?
Porque minha irmã Marina era coroinha há muito tempo, e eu sempre achei legal a ideia de participar da missa também. Aliás, eu já gostava muito de cantar no fim da missa. Mas queria participar do lavabo, carregar cruz, vela…

E como foi essa preparação, antes de ajudar na primeira missa?
Minha irmã Marina me ajudou, a dona Aparecida [vizinha de prédio] ensinou um pouco. O resto eu fui vendo e aprendendo, né? E ainda estou aprendendo, aos pouquinhos.

Como foi a sensação desde a primeira missa?
Achei bem legal. Eu me sinto muito bem, ajudando na missa, que é a forma de servir a Deus no altar.

O que você sentiu (e continua sentindo) no altar?
Eu gosto muito. Fico muito feliz, durante a missa.

Você acredita em Deus?
Acredito em Deus, porque Ele é bom, é nosso pai. É muito bom ir à igreja porque é a casa de Deus. Quando a gente não vai, Jesus fica muito triste.

E o que a Manuela quer ser quando crescer?
(Sem titubear) Professora de matemática.