EXERCÍCIO DE CONSENSO

Objetivos:
Treinar a decisão por consenso; desenvolver nos participantes a capacidade de participação, numa discussão de grupo.
Material:
Uma cópia da história de Marlene para cada membro e lápis ou caneta.
Como Fazer:
1. Cada um receberá uma cópia da história de Marlene para uma decisão individual, levando para isso uns cinco minutos;
2. Organizam-se os subgrupos de cinco a sete membros cada para a decisão grupal;
3. O coordenador distribui a cada subgrupo uma folha da história de Marlene, para nela ser lançada a ordem preferencial do grupo;
4. Nos subgrupos cada integrante procurará defender seu ponto de vista, argumentando com as razões que o levaram a estabelecer a ordem de preferência da sua decisão individual.
5. Terminada a tarefa grupal, organiza-se o plenário.
História de Marlene
O exercício seguinte é um treinamento de consenso. A conclusão unânime é praticamente impossível de se conseguir. É preciso, pois, que os participantes tomem a consideração a subjetividade de cada qual, para que se torne possível uma decisão.
Modo de proceder:
O texto seguinte narra a história da jovem Marlene. Cinco personagens entram em cena. Cabe a você estabelecer uma ordem de preferência ou de simpatia para com estes cinco personagens.
Numa primeira fase, cada qual indicará o seu grau de simpatia para com cada um dos personagens, colocando-os em ordem de um a cinco, atribuindo o número 1 ao mais simpático seguindo até o 5.
Em seguida cada um dará as razões que o levaram a estabelecer esta preferencia, e com a ajuda dessas informações, procede-se a nova ordem que, então, estabelece a ordem de preferência do grupo.
Eis a história de Marlene:
Cinco personagens fazem o elenco; Marlene, um barqueiro, um eremita, Pedro e Paulo.
Marlene, Pedro e Paulo são amigos desde a infância. Conhecem-se há muito tempo. Paulo já quis casar com ela, mas recusou, alegando estar namorando Pedro.
Certo dia, Marlene decide visitar Pedro, que morava no outro lado do rio. Chegando ao rio, Marlene solicita a um barqueiro que a transporte para o outro lado. O barqueiro, porém, explica a Marlene ser este trabalho seu único ganha-pão, e pede-lhe certa soma de dinheiro, importância de que Marlene não dispunha.
Ela explica ao barqueiro o seu grande desejo de visitar Pedro, insistindo em que a transporte para o outro lado. Por fim o barqueiro aceita, com a condição de receber em troca um manto que usava.
Marlene hesita e resolve ir consultar um eremita que morava perto. Conta-lhe a história, o seu grande desejo de ver Pedro e o pedido do barqueiro, solicitando, no final, um conselho. Respondeu: "Compreendo a situação, mas não posso, na atual circunstancia, dar-lhe nenhum tipo de conselho. Se quiser, podemos dialogar a respeito, ficando a decisão final por sua conta".
Marlene retorna ao riacho e decide aceitar a última proposta do barqueiro. Atravessa o rio e vai visitar Pedro, onde passa três dias bem feliz.
Na manhã do quarto dia, Pedro recebe um telegrama. Era a oferta de um emprego muito bem remunerado no exterior, coisa que há muito tempo aguardava. Comunica imediatamente a notícia a Marlene, e na mesma hora a abandona.
Marlene cai numa tristeza profunda e resolve dar um passeio, encontrando-se com Paulo a quem conta a razão de sua tristeza. Paulo compadece-se dela, e procura consolá-la.
Depois de certo tempo, Marlene diz a Paulo: "Sabe que tempos atrás você me pediu em casamento, e eu recusei, porque não o amava bastante, mas hoje penso amá-lo suficientemente para casar com você."
Paulo retrucou: "É tarde demais; não estou interessado em tomar os restos de outro".


TÉCNICA DE SAÍDA

Objetivos:
Libertar de inibições pessoais contraídas; tirar o bloqueio das pessoas que se sentem imobilizadas, incapazes de mexer-se ou de fazer o que gostariam de fazer.
Como Fazer:
1. O coordenador convida umas dez a doze pessoas para formar um círculo apertado, com os braços entrelaçados.
2. A seguir convida um participante, possivelmente uma pessoa contraída, para que fique de pé dentro do círculo.
3. Uma vez bem formado o círculo, a pessoa que está dentro recebe ordens para procurar sair do jeito que puder, por cima, por baixo ou arrebentando a corrente de braços. Os componentes do círculo tentam ao máximo contê-la e não deixá-la romper o cerco.
4. Após uma tentativa de uns quatro a cinco minutos, pode-se prosseguir o exercício, trocando a pessoa que se encontra no meio do círculo.
5. Finalmente, uma vez terminada esta vivência, prosseguem-se os comentários.
6. Esta técnica pode estender-se a uma situação em que a pessoa se sinta constrangida por outro indivíduo, como quando alguém se sente coagido por alguém. Nesse caso o que exerce coação fica de pé, atrás da pessoa que se presume esteja sendo coagida e coloca os braços em volta dela, apertando-lhe fortemente os braços. A pessoa coagida procura então libertar-se.


TÉCNICA DO ENCONTRO

Objetivos:
Estabelecer um comunicação real; auxiliar os participante a se tornarem conscientes de sua verdadeira reação uns em relação aos outros, através do uso dos sentimentos em todo o corpo.
Como Fazer:
1. O coordenador convida dois voluntários para que fiquem de pé, uma em cada extremidade da sala, silenciosas, olhando-se nos olhos, e andando muito lentamente, uma em direção à outra.
2. Sem haverem nada planejado, quando as duas pessoas se encontrarem bem próximas uma da outra, deverão fazer o que quer que sintam impelidas a fazer.
3. Poderão continuar o encontro durante o tempo que quiserem.
4. Terminado o encontro, o exercício prossegue, com outros dois, caso seja necessário.
5. No final da experiência, seguem-se os comentários não só dos protagonistas, como dos observadores.


EXERCÍCIO DE BOMBARDEIO INTENSO

Objetivos:
Expressar sentimentos positivos, de carinho e afeto com uma pessoa.
Como Faer:
1. O coordenador inicia, explicando ao grupo como a afeição se baseia na formação de ligações emocionais.
2. É geralmente a última fase a emergir na evolução do relacionamento humano, após a inclusão e o controle. Na inclusão, as pessoas têm de encontrar-se umas com as outras e decidir se continuam seu relacionamento. Os problemas de controle exigem que as pessoas se confrontem umas com as outras e descubram como desejam relacionar-se.
3. Para prosseguir a relação, cumpre que se formem ligações afetivas, e elas têm então de abraçar-se, a fim de que se crie um vínculo duradouro.
4. Feita a explicação o coordenador pede aos participantes que digam à uma pessoa todos os sentimentos positivos que têm por ela.
5. A pessoa apenas ouve, podendo permanecer no círculo ou sair dele e ficar de costas para o grupo.
6. O impacto é mais forte quando cada um se coloca diante da pessoa, toca-a, olha nos olhos e lhe fala diretamente, que é uma outra maneira de realizar a dinâmica.


TÉCNICA NÃO VERBAL DE CONTROLE

Objetivos:
Experimentar os sentimento de domínio e de submissão.
Como Fazer:
1. O coordenador pede que uma ou duas pessoas fiquem de pé em cima de uma cadeira e continuem participando das atividades, naquela posição.
2. É importante observar que as pessoas fiquem de pé sem maiores explicações.
3. Decorridos cinco ou mais minutos, o animador poderá solicitar a reação das outras pessoas, a fim de observar se de fato tiveram a impressão de subordinação, como também notar como essas simples modificações espaciais fazem aflorar nítidas sensações de conforto ou desconforto.


UMA PEÇA A MAIS

Objetivos:
Ajudar a descontrair o grupo durante uma reunião.
Material:
Um voluntário e um cobertor.
Como Fazer:
1. O coordenador solicita ao voluntário que se retire da sala e explica a brincadeira para todo o grupo.
2. O voluntário volta para a sala, é coberto com o cobertor e o coordenador vai orientado o voluntário:
a) Você está com uma peça de roupa a mais, você deve tirá-la e jogar para fora.
3. A cada peça que ele tira, o coordenador solicita ao grupo que diga se é ou não a peça que está sobrando.
4. O jogo vai seguindo até que o voluntário descubra qual a peça que está sobrando (o cobertor).
5. Deve-se ter cuidado de para a brincadeira antes que o voluntário fique sem roupa, para não criar constrangimentos para ele nem para o grupo.


AVALIANDO UM ENCONTRO

Objetivos:
Avaliar a partir de um questionário básico a qualidade dos encontros ou reuniões para assim estar determinando os caminhos a serem seguidos.
Material:
Questionário e caneta para cada um.
Como Fazer:
1. Destaca-se a importância de avaliar todas as atividades para que os erros sejam corrigidos e distribuindo o questionário e dando 15 minutos para ser respondido de maneira mais clara possível.
Questionário:
a) No geral, o que você achou desse encontro: ruim, médio, aceitável, bom, excelente.
b) Quais foram seus pontos fracos
c) O que mais agradou
d) O que foi mais negativo
e) Agora você compreende melhor os outros: muito, bastante, pouco, nada.
f) Quais fatores do ambiente facilitaram ou dificultaram o encontro.
g) Os objetivos do encontro e de cada item de pauta foram enunciados claramente.
h) O grupo conseguiu chegar às decisões que precisavam ser tomadas.
i) Estas decisões surgiram da compreensão mútua e do consenso
j) As pessoas ficaram atadas às suas idéias ou cederam em pontos para que o grupo progredisse.
k) Os temas foram suficientemente discutidos.


DIZENDO POR DIZER

Objetivos:
A partir de uma frase pronta, a pessoa desenvolva idéias coerentes e aprenda a manifestar sua opinião.
Material:
Uma frase para cada participante.
Como Fazer:
1. Cada participante recebe uma frase.
2. O coordenador da dinâmica dá 15 minutos para que cada um, em silêncio, organize as idéias para que em 5 minutos explique o significado da frase e convença o grupo de que a afirmação é verdadeira.
3. Todos os participantes devem anotar o que seu colega pensa.
4. O coordenador deve evitar um debate de idéias e que seja uma análise da capacidade de convencimento de quem está falando.


POESIA DIÁRIA

Objetivos:
Que os participantes consigam, apoiados na poesia, manifestar sentimentos e emoções.
Material:
Cópia das poesias para cada um dos participantes.
Como Fazer:
1. O coordenador entrega uma cópia das poesia para cada participante para que possam ler e escolher uma com a qual se identificam.
2. O coordenador motiva os participantes a dizerem o que sentiram lendo aquelas poesias e porque se identificaram.
3. Num segundo momento, o coordenador distribui uma folha de papel e caneta para que cada um possa escrever uma frase sobre o que está sentindo.
4. As frases podem ser assinadas ou não.
5. O importante é que se providencie cópia de todas as frases para que os participantes possam ler e guardar os textos criados pelo grupo.


TRÊS CAFÉS DA MANHÃ DIFERENTES

Objetivos:
Sentir vivencialmente o problema social, especialmente a fome e a exclusão.
Material:
Três mesas contendo em uma um café completo (suco, frutas, frios) em outra um café da manha normal e na última um café da manha fraco que não seja o suficiente para todos.
Como Fazer:
1. Antes dos participantes do curso chegarem para o café da manhã prepara-se as mesas com o café da manhã completo, normal e fraco (inclusive faltando talheres, copos, guardanapos).
2. Deve haver alguém previamente acertado para ser o "conciliador" nas mesas onde vai faltar comida.
3. Quando as pessoas chegarem para tomar o café da manhã, podem sentar onde quiserem.
4. Normalmente as pessoas não se dão conta do que está acontecendo até que os "marginalizados" querem ir até a cozinha para pedir o que falta.
5. O "conciliador" deve se oferecer para ir até lá e ao regressar, procura acalmar as pessoas sem resolver o problema da fome.
6. Alguém de fora deve tomar nota do que está acontecendo, e logo após o café da manhã analisa-se o que aconteceu, como as pessoas se sentiram, o que disseram e qual a relação disso com o que acontece no dia a dia.
7. O observador que fez as notas deve intervir quando constatar que as coisas se passaram de um jeito diferente do que está sendo dito.
8. Na seqüência o coordenador deve fazer uma reflexão sobre o tema, chamando atenção para a necessidade das pessoas se comprometerem diante da injustiça social.


IMAGEM E MENSAGEM

Objetivos:
Ao olhar fotos sobre a realidade que se vive, aprender a ligar dois ou mais fatos e ter uma opinião sobre eles.
Material:
Fotos de jornais e revistas.
Como Fazer:
1. Os participantes passeiam pela sala, olhado as fotos e escolhem duas fotos que tenha ligação entre si.
2. Depois durante 7 minutos pensam sobre a realidade que as fotos revelam, qual a ligação entre elas e por que se identificou com elas.
3. Cada um apresenta as fotos e as conclusões as quais chegaram.
4. O restante do grupo pode questionar as ligações ou tirar dúvidas.


ESTÁTUA

Objetivos:
Descobrir o que o grupo pensa sobre determinado tema, antes de aprofundá-lo.
Como Fazer:
1. Tendo um tema já definido, alguém a pedido do coordenador apresenta suas idéias com relação a proposta.
2. Essa pessoas pode chamar quantas pessoas que quiser, colocando-as na posição que melhor representa a idéia que tem sobre o tema proposto.
3. Em seguida, explica o porque de colocar as pessoas naquela posição e não em outra.
4. O coordenador pede aos outros participantes que dêem sua opinião e se querem acrescenta ou tirar alguma coisa da estátua.
5. A partir daí tem início a discussão, analisando-se como começou a ser montada a estátua, porque as pessoas concordaram com as mudanças.
6. Conversa-se também sobre a estátua final, resultante das muitas alterações pedidas pelo grupo.
7. Conversa-se, então, aprofundando sobre o tema.


DINÂMICA DAS CORES

Material:
Folha de papel de diferentes cores, em tamanhos visível a certa distância e colocadas em lugar visível a todos.
Como Fazer:
1. O animador faz a movimentação do exercício, lembrando que os seres humanos, desde épocas muito remotas, sempre atribuíram às cores significados especiais, chegando até alguns a atribuir-lhes uma influência que vai muito além dos efeitos meramente estéticos. Sua função, neste momento, é a de ajudar a nos conhecer melhor.
2. Convida cada um dos presentes a escolher a cor com que melhor se identifica e a anotar em seu caderno as razões dessa escolha.
3. Cada participante escolhe sua cor preferida e anota as razões de sua preferência.
4. A seguir, no plenário, as pessoas revelam a cor escolhida e comentam as razões da preferência. Os demais podem interferir, não só fazendo pergunta, mas também solicitando explicações.
Refletir:
a) de que serviu o exercício?
b) depois dele, como nos sentimos?


DESENHO DOS PÉS

Objetivos:
Socializar, integrar, perceber a necessidade de assumir compromissos, crescer, valorizar-se.
Material:
Uma grande folha de papel e lápis colorido para cada participante.
Como Fazer:
1. O animador motiva os participantes a desenharem num grande papel o próprio pé.
2. Em seguida, encaminha a discussão, de forma que todos os participantes tenham oportunidade de dizer o que pensam.
a) Todos os pés são iguais?
b) Estes pés caminham muito ou pouco?
c) Por que precisam caminhar?
d) Caminham sempre com um determinado objetivo?
e) Quanto já caminhamos, lembrar de pessoas que lutaram por objetivos concretos e conseguiram alcançá-los.
3. Terminada a discussão, o animador convida a todos que escrevam no pé que desenharam algum compromisso concreto que irão assumir.


O GRANDE ABRAÇO

Como Fazer:
Convidar o grupo a se abraçar e abraçar a Deus junto, em etapas:
1. As pessoas devem se abraçar duas a duas ou em 3 e dizer umas as outras que foi bom terem estado juntas, se conhecido, etc...
2. Formar novos grupos, com pessoas diferentes, com 5 pessoas cada, abraçadas devem orar agradecendo a Deus.
3. Formar novos grupos com 7, 8 ou mais pessoas cada, abraçadas devem orar, agradecendo ou pedindo
4. Formar um grande abraço, com todas as pessoas (formar um círculo em que um abrace o outro pela cintura ou ombro) orar juntos o Pai Nosso e desejar benção de Deus para todos, com um hino ou palavras.


PACIÊNCIA

José e Ricardo iam caminhando de volta para casa depois de uma reunião do seu grupo de discipulado. São muito amigos e sentem-se perfeitamente à vontade um com o outro. Neste dia porém, seu relacionamento parecia muito tenso.
-- O que há com você? -perguntou José- Desde que saímos da reunião não disse uma só palavra.
-- É que mais uma vez você não se comportou como devia. Durante a reunião ficou sem falar absolutamente nada. Mesmo depois do encontro somente falou algumas palavras com uma ou outra pessoa. Parecia um caramujo, todo encolhido num canto da sala.
-- Ricardo, você sabe muito bem que sou tímido e demoro para me enturmar. Diante de um grupo me sinto intimidado. Estou tentando melhorar. Hoje consegui falar com três pessoas, já é um progresso, você não acha?
-- Talvez. -disse Ricardo visivelmente impaciente- Você ainda tem muito para crescer nesta área. Já é grandinho e está na hora de dominar este acanhamento idiota.
José abaixou a cabeça e depois disto houve um longo período de silêncio.
-- Muito bem -retrucou José quebrando o silêncio- eu não vou mais a estas reuniões. Desisto de tentar, pois por mais que me esforce só ouço críticas. Como Fazer:
1. Separe os grupos (3 a 5 pessoas), onde cada um deverá ler cuidadosamente o caso narrado, procurando responder as perguntas que vêm logo a seguir.
2. Depois de uns quinze minutos os grupos se reúnem novamente e cada um, através de um relator escolhido expõe suas conclusões.
Perguntas:
a) Qual era o problema de José?
b) Por que o comentário de Ricardo fez com que José reagisse de modo tão negativo?
c) Você acha que devemos esperar mudanças nas pessoas com a mesma pressa que Ricardo demonstrou?
d) O que você diria a José para incentivá-lo a tornar-se mais sociável?
Conclusão:
Às vezes queremos que as coisas aconteçam muito depressa. Quando alguém está conscientemente lutando com um problema pessoal, deve saber que estamos percebendo sua luta e suas vitórias, por menores que sejam. Esta atitude irá incentivá-lo a continuar lutando. Um elogio tem grande poder.
Iluminação Bíblica:
"Ora nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos" (Rm.15, 1).


UMA VIAGEM ATRAPALHADA

Arrume as malas:
Vamos usar um pouco de imaginação. Dentro de algumas horas você vai viajar para uma ilha não civilizada para morar lá durante alguns anos. A viagem é longa, mas seu navio não permite que leve muita bagagem. Apenas dez objetos podem ser carregados. Estes objetos podem ser de qualquer tamanho, peso ou valor.
Trata-se de mais uma esquisitice dessas companhias de navegação. Não tem jeito, e mesmo com toda a argumentação possível a única solução é começar a fazer sua lista dos dez objetos que você considera mais importantes. De certa forma, isto vai acabar revelando seus valores. A única coisa que pode levar fora da lista, é a Bíblia.
Anote no papel qualquer coisa que lhe venha à mente. Pode ser o carro, o cão de estimação, fogão, televisão, material de costura, etc. Qualquer coisa. Uma dica é que ao confeccionar sua lista, lembre-se de que o lugar não é civilizado e totalmente sem recursos.
Um inconveniente de última hora:
Agora que você tem tudo organizado, devidamente encaixotado, embarcado e encontra-se já em alto mar, surge um problema de última hora. Sérias avarias no navio obriga toda a tripulação a aliviar a carga. O comandante ordena que você jogue cinco objetos de sua lista no mar. A decisão é difícil, mas tem que ser obedecida. Agora faça uma nova lista e fique apenas com aqueles objetos que considera de maior valor.
Compartilhe sua decisão:
Forme grupos de três a cinco pessoas e cada um diz quais foram as cinco coisas com as quais escolheu ficar e quais resolveu jogar fora. Todos devem explicar o porquê da sua escolha. Neste momento todos acabarão por revelar quais são os seus maiores valores atualmente.
Alguém podem ter escolhido um trombone por gostar demais da música. Outro levaria o cachorro por gostar de brincar com ele. O compartilhar poderá ser feito com todos juntos se assim preferirem.
Uma pessoa regenerada procurará colocar Deus em primeiro lugar. Isto afetará todo o seu sistema de valores. "Quem está em Cristo, é nova criatura" (2Co.5.17). Quando escolhi os valores do Reino, todas as minhas decisões devem ter por detrás delas agradar a Deus. Se foi esta a motivação da sua escolha, tudo bem. De qualquer forma, é bom que o restante do grupo saiba do que realmente gosto.
Iluminação bíblica:
"Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor" (Rm.14, 8).


TESTEMUNHO DE FÉ

Objetivos:
Mostrar que a fé (e o crescimento nela) é profundamente social.
Material:
Uma bíblia para cada grupo.
Como Fazer:
1. O animador orienta os participantes : Na nossa vida cotidiana, nos encontramos constantemente com pessoas que exercem uma influência grande sobre a nossa vida. Esta influência tanto pode ser positiva como negativa. o que se deve fazer diante da consciência desse fato?
2. Depois disso, cada um, em particular, identifica entre seus amigos, vizinhos, parentes :
a) Quantos realmente crêem?
b) Quantos são católicos não praticantes?
c) Quantos mudaram de religião nos últimos tempos?
d) Quantos vivem a fé, apenas seguindo os mandamentos ao pé da letra?
3. Ainda em particular, cada um coloca por escrito os testemunhos de fé que encontrou em sua vida.
4. A respeito de cada testemunho de fé que encontrou, analisar as repercussões que tiveram, dentro de si, mesmo.
5. Em grupo de 4 pessoas, compartilhar as reflexões pessoais. Trata-se de identificar os elementos comuns. em seguida, lêem os textos : Jo 3,21 - Mt 7,21 - Tg 1,22 - Jo 9,1-38 - Lc 5,5 - Mt 15,21-28.
6. Aprofundar a relação entre os testemunhos escutados e os textos estudados. Tiram suas conclusões para levar à plenária.


DEPENDÊNCIA MÚTUA OU MORTE

Objetivos:
Mostrar o quanto dependemos uns dos outros e o quanto podemos contribuir para o crescimento do nosso irmão.
Como Fazer:
1. Podemos começar a reunião formando duplas.
2. Um dos componentes da dupla fecha os olhos e passa a andar guiado pelo outro durante dois minutos.
3. Não é permitido abrir os olhos e nem tocar no companheiro, tão somente o som da voz .do outro o guiará.
4. Logo em seguida trocam-se os papéis e o que antes era o guia, passa ser o guiado.
5. Depois de terminada esta dinâmica, todos se reúnem para um momento de compartilhar, onde são respondidas várias perguntas:
a) O que você sentiu durante o tempo em que estava sendo guiado pelo outro?
b) Aconteceu de sentir-se tentado a abrir os olhos?
c) Teve total confiança em seu líder?
d) Pensou em se vingar do outro quando chegasse sua vez de ser o guia?
e) Sentiu-se tentado a fazer alguma brincadeira com o "ceguinho"?
Base Bíblica para a mutualidade:
"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações. E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai". (Cl. 3, 12-17).
Refletir:
1. Procure esclarecer juntamente com o grupo a definição dos termos que se encontram na passagem acima, como "coração compassivo, longanimidade, humildade" etc.
2. Faça perguntas do tipo: "O que falta em você para que as pessoas confiem mais no seu auxílio?"
3. "Qual a maior ajuda que você pode prestar neste momento de sua vida para as pessoas e para o grupo?".
4. Precisamos, sem dúvida alguma, uns dos outros. Para que a mutualidade possa ocorrer de forma dinâmica e eficaz, é preciso desenvolver características de caráter que nos capacitem a desempenhar nosso papel dentro do Corpo de Cristo.


DINÂMICA DE COMUNIDADE

Objetivos:
Mostrar que o trabalho em "Comunidade" é importantíssimo para o grupo, pois sai muito mais bem feito, do que individualmente. Observação:
Não revelar o Objetivo da dinâmica antes de sua execução. Explicar para o grupo, somente, que vai ser feita uma dinâmica).
Material:
Folhas de Jornal
Como Fazer:
1. Divide-se o grupo em 2 menores.
2. Divididos, o grupo A, desloca-se para uma sala, sem contato com o grupo B.
3. Após a saída do grupo A, o grupo B será dividido assim:
a) cada UM (individualmente) receberá um papelzinho escrito, contendo uma parte do corpo humano, (cabeça, orelha E, orelha D, olho E e olho D, boca, nariz, pescoço, tronco, braço E. e braço D., mão E. e mão D., perna E. e perna D. e pé E. e pé D.), que não pode ser mostrado para mais ninguém, só aquela pessoa vai saber qual é.
b) Este se retira para algum canto da sala ou para outro local, sem fazer contato com os outros, e começa a recortar com o jornal e a mão livre (sem uso de ferramentas) a parte do corpo que lhe coube.
c) Por exemplo: a cabeça. E assim por diante com todo o grupo B, Cada um fazendo a sua parte, mas sem saber o que o irmão estará recortando, nem em que tamanho.
4. Enquanto isso o grupo A, que estará em outro local, também recebe a tarefa de com as folhas de jornal e a mão livre, sem utilizar tesouras ou réguas, fazerem JUNTOS um grande boneco, tamanho natural - cabeça, orelha E e D, olho E e D, boca, nariz, pescoço, tronco, braços, mãos, pernas e pés. - parte por parte.
5. Quando os dois grupos terminarem as suas tarefas, pede-se para que todos se reunam no mesmo local, mas com suas peças todas escondidas.
6. Chama-se primeiramente o pessoal do grupo B, pela ordem das peças, por exemplo, quem fez a cabeça, depois os olhos, depois o nariz, as orelhas, e etc.. e vai afixando-se parte por parte num quadro negro, ou parede. Vai surgindo um belo boneco, todo torto, com pernas e braços disformes.
7. Concluído, chama-se primeiramente a pessoa que fez a cabeça do grupo A, e repete-se a mesma seqüência. Ao final o boneco do grupo A será mais bonito, com pernas, braços, tronco.. etc.. tudo mais uniforme, destoando do boneco do outro grupo.
Conclusão:
Explicar que o grupo que fez tudo em conjunto (A) fez um trabalho melhor e mais apresentável, e o que fez individualmente, apresentou um resultado ruim, pouco satisfatório.
Isto tudo ressalta a importância de que os trabalhos feitos em conjunto, "Comunidade", são os que apresentam os melhores resultados.


PASSAR AMOR

Objetivos:
A brincadeira do Passa Amor pode ser utilizada nos encontros que falem sobre partilha, valorização da pessoa humana, sobre o Sagrado Coração de Jesus etc.
Material:
Confeccione um coração de cartolina em um tamanho que fique escondido no meio de nossas mãos (pode se escrever Jesus no centro do coração).
Como Fazer:
1. Essa brincadeira na verdade é o conhecido Passa Anel, só que em vez de passarmos um anel iremos passar um coração.
2. Sorteia-se a pessoa que via passar o coração.
3. As outras sentam-se lado a lado, com as mãos fechadas (como para rezar) no colo.
4. A que está com o coração entre as palmas das mãos começa a passá-lo, ou seja, finge que põe o coração na mão de cada um dos participantes, na verdade, só deixa cair na mão de um.
5. Quando acaba, abre as mãos mostrando que já não está mais com o coração.
6. Ao terminar, a pessoa pergunta a um dos participantes: quem está com Jesus no coração?
7. Se a pessoa acertar, vai passá-lo na vez seguinte.
8. Dessa forma os integrantes aprendem brincando que Jesus está em todas as pessoas e que é necessário enxergamos sua presença no irmão, todas as pessoas podem partilhar amor.


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